Sai do consultório frustrada, sentia vontade de chorar, eu queria demais que fosse parto normal, me sentia impotente e incapaz.
Mas nesta hora, meu amor me confortava, dizia que realmente era o melhor a se fazer, que era a vontade de Deus.
Voltamos para casa, orando para que tudo desse certo, chegamos em casa por volta das 11hs para buscar a mala para maternidade e minha mãe que estava trabalhando, fomos busca-lá, eu precisava dela e muito.
Almoçamos na minha irmã, e por volta das 14:30 hs saímos, tínhamos que chegar na maternidade Santa Joana, que fica no bairro do Paraíso no centro de São Paulo, ás 17:30 hs.
Agora vocês imaginem, naquela época meu marido tinha um caminhonete S10, ele, eu e minha mãe, espremidos na cabine rsrsrs, eu com aquela barriga imensa, um transito complicadíssimo, muito calor, o carro sem ar condicionado, tendo que ficar com os vidros fechados, por que também estava chovendo, uma verdadeira aventura.
Chegamos no horário certo, demora muito até a aprovação do plano,e a triagem, foram 2 horas de espera angustiantes, e minha mãe sempre do meu lado, estava ansiosíssima para ver o rostinho do meu bebê e para acabar logo aquilo tudo.
Chegou a hora, tive que me despedir da minha mãe, e fui para a sala de parto, neste momento fiquei muito nervosa, meu coração parecia que ia sair pela boca, sentei na maca e aplicarão a anestesia peridural, doeu um pouco, mas é incrível como é rápido, em menos de 2 minutos, senti esquentar minhas pernas, e em 5 min. já não sentia mais nada do peito para baixo, prenderam meus braços abertos, colocaram um medidor de pressão e o soro, nesta hora eu lembrava de como poderia ser meu porto normal, sem nada me amarrando.
Meu obstetra chegou, começou a operação e meu marido chegou, ele assistiu e gravou tudo, fiquei muito feliz por ele estar do meu lado.
Eles colocam um pano na frente para a gente não ver nada, eu só ouvia uns barulhos estranhos, quando estavam drenando a bolsa, era um barulho de água saindo pelo ralo ,muito alto.
Meu marido, que até então estava do meu lado, foi para frente e o médico disse que eu iria sentir uma pressão sobre a barriga pois ele iria empurrar o bebê, em poucos minutos eu ouvi um chorinho e meu marido dizia:
- Aleluia, Glória a Deus
- Aleluia, aleluia, obrigado Senhor.
Que emoção, de ouvir e saber que está tudo bem e o baby é perfeito.
Então me trouxeram ele para eu ver e mostrar que colocaram a pulseira de identificação, foi muito rápido e o levaram para fazer a limpeza. Nesse intervalo, o médico falou que ele já havia defecado na barriga, e se estivéssemos esperado mais poderíamos perde-lo, pois ele iria ingerir e poderia ir para os pulmões.
Me trouxeram ele depois de um tempinho, já limpinho e lindo.
Que coisa mais linda, ver aquele rostinho todo inchadinho, e enrrugadinho rsrsrsrs, que coisa mais linda, o joelhinho mais lindo que já vi na vida rsrsrs.
Ele veio chorando e a enfermeira colocou o rostinho dele pertinho do meu, na mesma hora ele parou de chorar, eu beijei aquela pele macia e quentinha, parecia um veludinho, chorei de emoção, meu bebê,meu Pedrinho estava ali do meu ladinho e já sabia que eu era a mãe dele.
A primeira coisa que disse a ele foi: – Seja bem vindo, servo do Deus Altíssimo. A mamãe te ama.
Dia 18 de março de 2005 á 20:17 hs.Um dos momentos mais felizes da minha vida. Naquele momento, eu vi a Glória de Deus se manifestando, O Milagre da vida.
Naquele dia nasceu o Pedro e também nasceu a mamãe Pamela.
O levaram para o berçário neonatal, e eu fui para a sala de recuperação, na qual fiquei 3 horas até passar o efeito da anestesia e eu poder movimentar as minhas pernas.
Era a coisa mais estranha tocar a minha barriga, que ficou mole que nem gelatina rsrsrs, apavorante rsrsrs, mas depois voltou no lugar viu rsrsrs.
Me lembro que estava com tosse, e toda vez que eu tossia doía os pontos, fui para o quarto por volta da 00:00 hs, meu marido já estava no quarto todo tranquilão assistindo a tv rsrsrs, para os homens tudo sempre é mais fácil rsrs.
Depois de uma meia hora, me trouxeram meu Pedrinho, e foi quando dei a primeira vez de mamar, que sensação gostosa ao mesmo tempo estranha, ele estava faminto e sugava muito forte. Eu dava de mamar e meu marido o fazia arrotar rsrsrs,sei que essa foi a primeira noite de muitas que fiquei acordada, pois ele desde a primeira noite chorava muito, tinha cólicas e ainda bem que meu marido estava comigo.
Quando ele dava uma dormidinha, eu tentava dormir mas não conseguia, ficava toda hora olhando para ver se ele estava respirando, qualquer barulhinho que ele fazia já ia logo ver rsrsrs, paranóias de mãe de primeira viagem rsrs.
Nisso meu peito começou a inchar e ai o leite desceu de vez, meus peitos pareciam que iam explodir, chamei a enfermeira e ela disse para fazer compressa com água morna, e foi o que me aliviou, os peitos pegavam fogo rsrsrs, mas a água morna ajudava a não empedrar o leite, e logo depois que ele mamava eu ainda tirava um monte de leite, uma verdadeira vaca leiteira kkkkk.
A comida do hospital era ótima, muito chique rsrsrs, as enfermeiras que trocavam o bebê e davam banho.
Fiquei 2 dias no hospital e desde lá, é raro quando consigo dormir uma noite toda rsrsrs.
Mas des destes dias, eu sou uma mulher muito mais feliz, por que o Senhor me deu a Dádiva de ser Mãe e poder ouvir uma criança linda, com um sorriso lindo, me chamar de Mamãe.
Que bom poder relembrar e poder compartilhar um momento maravilhoso da minha vida com vcs.E aguardem,logo tem a mais episódios da série a Dádiva de ser Mãe, contando o nascimento do meu bebê Benjamim.
Fiquem na Paz
Beijocas